sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Muitos comics esta semana, e pouco tempo livre da minha parte. Pouca conversa extra, portanto.
Da semana passada, sobrou:
BUFFY THE VAMPIRE SLAYER SEASON 8 #11 - Isto continua a ser bom, mas o facto é que não há muito a dizer sobre este número em particular. É o Joss Whedon a fazer o que faz melhor, mas que já fez melhor que aqui. Ainda assim, é bom Q.B..
E passando a esta semana, temos:
BOOSTER GOLD #0 - Como era de prever, aqui começa a pagar-se o preço pela alteração no continuum temporal causada no #6. E sim, isto é um crossover com um evento de há dez ou quinze anos! Este comic é um tie-in oficial do Zero Hour! Como é que se pode resistir a isso?
COUNTDOWN TO FINAL CRISIS 11 - Já não sei o que mais dizer sobre isto. A 11 semanas do final, estou a pensar seriamente em desistir...
GOTHAM UNDERGROUND #5 (de 9)- Um número só de flashbacks, a explicar como certos eventos importantes aconteceram. É espantoso, mas o melhor comic mensal do Batman, actualmente, é este, um spin-off do Countdown to Final Crisis. E de um argumentista de quem eu nem sequer costumo gostar...
GREEN LANTERN CORPS #21 - Bom começo de story-arc. A recapitulação de eventos anteriores é feita de forma pouco natural, mas de resto, isto promete ser uma boa exploração do que significa ser um Alpha Lantern, mesmo vindo do Sterling Gates, um argumentista com poucos créditos (mas um nome digno de estrela porno, digo eu).
SALVATION RUN #4 (de 7)- Gorila contra gorila. Que alegria tão grande... É assim, esta série tem sido divertida, e aqui continua a ser, apesar da história não avançar muito. E eu gosto bastante do conceito de um Battle Royale com super-vilões. Mas o problema é que, ou isto não terá grandes consequencias posteriores, ou então há demasiados vilões que serão sacrificados aqui de forma algo inutil. Como os dois gorilas, por exemplo. Mas enfim. No final se verá. Para já, continuo a gostar. Com algumas reservas.
SUICIDE SQUAD RAISE THE FLAG #6 (de 8)- O Suicide Squad dos anos 80/90 foi uma das séries que me marcou, e com a qual eu cresci. Quando ouvi dizer que esta mini-série ia acontecer, com um regresso não só ao conceito original da série, mas também aos personagens antigos, e com o mesmo argumentista, fiquei algo apreensivo. Estes regressos têm tendência para correr mal, ou porque os autores já não encaixam bem com os personagens, ou porque os personagens já não encaixam bem no panorama dos comics em geral. Este caso, felizmente, tem provado ser uma excepção à regra. Não só a mini-série é um retorno à velha glória do Suicide Squad, como tanto o elenco como o argumentista se adaptam bem à realidade actual do universo DC, com personagens novos ou de novo status quo devidamente aproveitados. E ainda ajuda mais o facto de este relançamento ser, de certa forma, um spin-off de outra série da DC de que gosto muito, o Checkmate. Adoro isto. Todos os números são uma delicia. Quem me dera que fosse sempre assim.
TINY TITANS #1 - Isto parecia um conceito delicioso, mas a execução desiludiu-me tanto... Tinha tanta esperança, mas isto não tem nem metade da piada que devia ter. Pena...
WONDER WOMAN #17 - Ok, isto não é nada de transcendente. Mas é mais um daqueles casos em que a DC tentou mudar as coisas, tentou usar equipas criativas chamativas com o intuito de vender mais, e acabou por afundar a série em histórias mediocres, atrasos enormes, e outras complicações. E como noutros casos semelhantes, a editora parece finalmente estar no bom caminho para resolver esses problemas, com a argumentista Gail Simone a escrever a personagem para a qual parece ter nascido, e a iniciar o percurso da Wonder Woman de volta ao estatudo de importância que merece no mundo dos comics. Não, este comic, e mesmo esta história, não são nada de transcendente. Mas são um passo sólido e largo na direcção certa. Isso basta-me.
AMAZING SPIDER-MAN #550 - Mais uma semana, mais um capítulo do Spider-Man, e mais um elogio à qualidade da série pós One More Day. Não há muito a acrescentar ao que tenho dito todas as semanas. Boa leitura, sem sombra de dúvida.
CAPTAIN MARVEL #3 (de 5)- A decisão de "ressuscitar" o Captain Marvel, bem como a maneira como isso foi feito durante a Civil War, nunca me agradou muito. Mas os autores prometeram que tudo tinha uma razão e lógica, e como tal, dei-lhes o beneficio da dúvida. É por isso que tenho acompanhado esta mini-série, que é interessante o suficiente, mas não tem sido nada de extraordinário. Mas neste número, as coisas começam a tornar-se mais claras, e a importância do Captain para a saga dos Skrulls que aí vem começa a revelar-se. Confesso que achei as informações da página final fáceis de prever, mas isso não implica que não sejam interessantes. E acima de tudo, que façam sentido, e que justifiquem as decisões passadas que não me agradaram.
FANTASTIC FOUR #554 - Bom começo. O Mark Millar é daqueles argumentistas que só me agrada metade das vezes, mas a julgar por esta amostra, ele realmente tem bastante afinidade com os Quatro. E o projecto em que o Mr. Fantastic se vê envolvido realmente deixou-me deliciado. Por outro lado, o Millar tem tendência para começar em grande, e depois desiludir. A ver vamos, suponho...
NEW AVENGERS #38 - UI. Isto foi feio. Não o comic. O comic é excelente. É essencialmente uma conversa entre o Luke Cage e a Jessica Jones, e é precisamente aquilo que o Brian Michael Bendis faz melhor, e logo com os personagens que ele melhor conhece. Desde a série Alias (o comic, não a série de tv) que a relação amorosa destes dois é das mais realistas e interessantes nos comics mainstream. E aqui, eles terminam a relação. De forma realista, por razões lógicas. E não é bonito. Mas é muito bom...
PUNISHER WAR JOURNAL #16 - Há meses atrás, o Punisher mandou pelos ares um bar de "super"-vilões. Pelo menos um sobreviveu, e tentando lidar com o trauma, junta-se a um grupo de apoio de sobreviventes ao Punisher (que aparentemente não é tão letal como se pensava). Mas a vida dele está a desmoronar-se com o resto da sua auto-estima, e ele decide fazer a única coisa que lhe parece ter algum sentido: Matar o Punisher. Claro que ele nunca sequer TENTOU matar alguém. Mas não é isso que o vai impedir agora... Mais uma prova de talento do Matt Fraction, e mais um excelente trabalho do grande Howard Chaykin. Pensar que estive quase a desistir desta série...
X-FACTOR #28 - Tal como o resto dos X-Men, também o pessoal da agência X-Factor se encontra à deriva e sem direcção. E neste caso, sendo que um dos elementos do grupo está perdido num futuro alternativo, e outro está a sair sem querer dar explicações, as coisas são um bocado menos descontraidas do que em outros títulos de mutantes. O Peter David continua a escrever o titulo mais character-driven de todos os comics relacionados com os X-Men, e a qualidade continua inabalável. Mas a Layla Miller faz falta. Porque ela sabia coisas...
X-FORCE #1 - Ok, eu sabia qual era o pressuposto disto, mas não estava à espera do que encontrei, ainda assim. Esta iteração da X-Force é essencialmente o esquadrão da morte dos X-Men. É o grupo que o Cyclops põe em acção quando alguém precisa de ser executado preventivamente. Isto promete ser não só muito sanguinário, como um dos comics mainstream mais moralmente ambíguos. Quero ver onde isto vai.
WOLVERINE #62 - Eu não costumo ler isto, mas ouvi dizer coisas boas, por isso decidi experimentar este número. É bom, com pelo menos um twist interessante, mas nada de especial. Ainda assim, penso que vou ler o resto desta história...
E esta semana, não transita nada para a próxima! Yay me! Portanto, passamos directamente para a
SURPRESA DA SEMANA: Estava indeciso entre o Tiny Titans (pela desilusão), ou o Captain Marvel (pelo contexto), mas como estou farto de ser negativo, tenho que escolher mesmo o CAPTAIN MARVEL #3. Finalmente, este aspecto da Civil War faz sentido. Espero que tenham a coragem de manter esta direcção.
MELHOR DA SEMANA: NEW AVENGERS #38, sem dúvida, embora o Suicide Squad tenha ficado MUITO perto. Mas enquanto o Suicide Squad é intriga e acção de qualidade, o New Avengers é CONVERSA de qualidade, o que é bem mais dificil de conseguir. Além de que é um regresso à forma da série, que tem desiludido ultimamente. Consequentemente, é a minha escolha desta semana.
E estamos despachados por mais uma semana! Até à próxima!
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