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quarta-feira, setembro 03, 2008
BLÁ BLÁ BLÁ: Dois fãs de comics falam do que lhes dá na cabeça. Desde que tenha a ver com comics, claro.
Esta semana: O preconceito de que os comics são para crianças continua a prevalecer. Que fazer para acabar com ele, de uma vez por todas?

LUÍS: Que nome damos à coluna semanal? "Conversas de geeks"?"Discutindo comics"?
"Gajas à solta"?
E com que assunto começamos?
JORGE: Vejo que esta já é a própria coluna semanal, uma amostra do que aqui se vai passar. Correcto?
Uma sugestão para o nome: "Bla bla bla".
Um assunto que pensei para iniciar é a ideia espalhada que comics são para crianças/adolescentes. Imagina um adulto que nunca tocou num comic e passa por este blog, como é que lhe podemos estimular a vontade de pegar num comic (ou pelo menos esclarecê-lo que não é deslocado para a sua idade fazê-lo)?
LUÍS: Não tencionava que fosse já a primeira coluna, mas tudo bem, porque não?
"Bla bla bla" agrada-me. Pelo que me diz respeito, pode ficar esse nome.
Em relação ao teu tema, tenho que ser sincero: acho que a ideia já não é tão preponderante como isso, hoje em dia. Os media têm feito muito por desmistificar a ideia da BD enquanto coisa para putos. Convenhamos, a maior parte dos filmes de grande êxito actualmente são baseados em comics. E não são os putos que estão a ir ao cinema sozinhos.
Quer dizer, também serão, mas não são só eles. Seja como for, a consequência disso é uma legitimação dos super-heróis como forma de entretenimento, e sendo o estigma do super-herói que arrasta com ele a imagem do meio, toda a indústria acaba por beneficiar em termos de imagem.
Isto dito, não é coisa que vá desaparecer de um dia para o outro, e realmente nós devíamos fazer mais por isso. Assim de repente, não me lembro de muito no nosso site que possa fazer isso. Acho que a minha critica ao Fell falava da coisa em termos relativamente adultos, mas de resto não me ocorre nada. É pouco. Precisamos de ideias.
Tens alguma coisa em mente?
JORGE: Bem, o que tenho em mente neste momento não seria bonito para escrever num blog de comics (ou num blog qualquer familiar).
Fica "Bla bla bla".
Sobre isso de comics serem para miúdos acabei por associar a: há comics que eu ainda leio porque os lia em miúdo. Qual seria outra justificação para ler "The Amazing Spider-Man" ou insistir em acompanhar sagas como "Secret Invasion"? Permanece aquela curiosidade infantil em saber como vai continuar a história. Se saísse um comic do Tio Patinhas em que a "número 1" fosse destruída eu tinha que ler para saber como é que o raio do Pato ia reagir (talvez ficasse deprimido e abandonasse a sua caixa forte).
Há comics que tu lês por "tradição" / continuidade?
LUÍS: Assim de repente, não me lembro de nenhum que leia por valor nostálgico. Durante muito tempo fiz isso com os comics todos do Batman, depois fartei-me.
Há muitos que sigo por gostar dos personagens AGORA, não por ter gostado deles quando era puto.
Quanto ao porquê de ler comics como os que dizes, vejo montes de outras justificações. A tendência humana de querer histórias em série, a necessidade de uma mitologia pessoal, um sentido de Maravilhoso... A mim parece-me que a verdadeira razão é uma combinação de todas as anteriores. Convenhamos, ninguém lê o Secret Invasion porque espera uma história para crianças. Quanto muito, lê-o porque espera recuperar o sentimento que tinha quando lia coisas semelhantes em criança. E claro, raramente consegue, porque nem o comic é igual, nem o leitor.
Além disso, não confundamos comics escritos de forma infantil com comics escritos para um público infantil. Muito do entretenimento para crianças é incrivelmente maduro e profundo, e muito entretenimento para adultos é estupidamente infantil. Há muito comic a ir pela segunda hipótese, infelizmente, mas não é isso que os leitores procuram. Mas a verdade é que a maior parte dos comics não são feitos para crianças, e alguém que pegue pela primeira vez num comic ao acaso, pode ver as cores brilhantes, e o argumento infantil, e acabar por fazer a confusão que mencionei acima. É um risco que não há como evitar. A maioria dos comics é má ou fraca, como é a maioria de tudo.
Se alguém que nunca tivesse visto um filme na vida fosse a um clube de vídeo, e escolhesse ao acaso, o mais provável, por uma larga margem, seria levar com um filme do Van Damme, ou pior.
Mas a vantagem que tem a hipotética pessoa que nunca viu filmes é que há sempre montes de pessoal à sua volta que pode servir como filtro. Os comics são algo mais underground, são mais subcultura que cultura, o que torna difícil encontrar semelhantes filtros.
É isso que temos que ser, penso eu. Um filtro de qualidade, sem olhar a géneros. Há qualidade em tudo, e cabe-nos encontrá-la. Já como fazer isso é coisa que assim de repente não me ocorre. Para já, continuarmos o que estamos a fazer. O simples facto de falarmos do que gostamos implica que reconhecemos nos comics que mencionamos alguma qualidade.
De resto, não sei como fazer algo por desmistificar o assunto. Estou aberto a sugestões...
JORGE: E já te começaste a esticar, olha-me para a quantidade de palavras que já atiraste para aqui.
Bem, há uma coisa que quero deixar clara: é importante que se produzam comics de qualidade para todas as idades. O que quero reforçar no nosso blog é que isso já existe. Estamos perante literatura para todas as idades, extremamente variada, que passa despercebida aos olhos de muitas pessoas.
Porque é que não são lidos comics nas escolas?
Porque é que aprendemos a fazer composições mas não aprendemos escrever guiões para comics?
LUÍS: Não tenho culpa de levantares questões interessantes.
A questão de aprendermos composições e não a escrever guiões não é muito correcta. As composições servem para nos ensinar a escrever, e como tal a dominar estruturas narrativas, ainda que básicas. O guionismo é demasiado estruturado para ser usado nessa fase inicial. Mas concordo que a BD pode e deve ser mais usada como auxiliar de ensino. O lado pictorial prende mais a atenção aos putos, deixando-os assimilar melhor o conteúdo educativo e narrativo.
A única explicação que encontro para isso não ser feito mais frequentemente, hoje em dia, é preconceito contra a BD. O que me parece estúpido.
E não me querendo esticar mais, porque já temos aqui material suficiente para pensar um bocado (e talvez debater nos comentários, se os leitores estiverem para aí virados), é que concordo com a tua interpretação da missão deste site: Partilhar e apontar comics de qualidade. É natural que ocasionalmente façamos mais, mas acima de tudo, é isso que queremos, e devemos, fazer.
E pronto, para a primeira coluna, acho que já está. Queres acrescentar alguma coisa, para fechar?
JORGE: Acho que é uma boa altura para pararmos, mas quero fazer um pequeno comentário.
Voltando à questão de aprender a escrever guiões no contexto da escolaridade obrigatória, os alunos podiam começar por pequenas composições nos anos iniciais e depois evoluírem para outras formas de exercício de escrita (como os guiões). Não faz sentido para mim que nove anos de escolaridade obrigatória só sirva para treinar o básico dos básicos.
Um tema para outra altura, noutro blog.
saí­do da mente de Luís F. Alves às 6:49 da tarde
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11 Comentários:
A questão dos filmes baseados em comics é bastante interessante mas depois no final, pelo menos por cá, é tudo uma questão de imagem. Os colegas que lá no serviço me dizem vibrar com os Fantastic Four ou com o Hulk são os mesmos que me questionam as visitas constantes à bdmania e do 24... Uma coisa é irem ver o filme outra coisa é serem apanhados com um livro de bd debaixo do braço... Um destes dias emigro de vez...

Saí­do da mente de Blogger Pedro Rebelo, às 11:39 da tarde

 
Só tenho que dizer que é um bom post, e que levanta algumas questões pertinentes!

Saí­do da mente de Blogger Nuno Amado, às 12:07 da manhã

 
browserd: Provavelmente, esses colegas até gostariam de ler alguns, mas têm vergonha de admitir. Eles alguma vez te questionam quando estás só com eles? Ou é em grupo? :D Os preconceitos manifestam-se sempre da forma mais juvenil ;)

bongop: Obrigado, vamos tentar manter isto semanal. Esperemos que continue a sair bem...

Saí­do da mente de Blogger Luís F. Alves, às 12:23 da manhã

 
Uma coluna assim, em diálogo amigável e esclarecido, pode vir a ocupar um espaço interessante na blogosfera bedéfila portuguesa.
Continuem.

Saí­do da mente de Blogger Gustavo Carreira (requiem), às 1:59 da manhã

 
Uma boa coluna semanal que levanta muitas boas questões!
Todas as quartas feiras cá estarei para ler a vossa coluna.
fiquem bem

Saí­do da mente de Anonymous Anónimo, às 11:52 da manhã

 
Gostei muito do que escreveram e sim, levanta questões muito pertinentes mas..gostava de chamar a atenção para o título de um artigo publicado em Julho deste ano e que diz "Exames Nacionais: Média das notas a Português abaixo dos 10 valores pela primeira vez em três ano". Penso que isto explica o porquê de nunca se chegarem a efectuar exercícios de escrita mais complexos..

Saí­do da mente de Anonymous Anónimo, às 10:08 da tarde

 
Antes de mais, mais uma vez, obrigado a todos pelo apoio.

Lucky: Não li esse artigo, mas mesmo sem ler, coloco já uma questão. Ok, os alunos não estão preparados para escrita mais complexa. É possivel que seja porque não dominam estruturas narrativas. Eu pergunto: mesmo não pedindo para escreverem guiões, se a BD fosse usada desde o inicio como auxiliar de educação, as notas estariam melhores ou piores?
Pessoalmente, aposto em melhores.

Saí­do da mente de Blogger Luís F. Alves, às 2:27 da tarde

 
Quanto ao ensino da Língua materna acho que os alunos deviam ter oportunidade de aprender e executar formas diferentes de expressão escrita. E de dar asas à imaginação, ficar pelo marranço de obras clássicas e análises literárias "chapa 5" não devem ser a melhor forma de gerar interesse pela própria língua.

Já agora: obrigado pelos vossos comentários, nunca tinha visto isto tão animado e só me motiva a escrever mais por aqui.

Abraço

Saí­do da mente de Blogger Jorge, às 2:42 da tarde

 
Estão à espera do quê para fazer disto um videocast? Câmara fixa, conversa, bota no YouTube, está feito! Avancem, catano!

P.S.: Tentei deixar comentário no Armário, mas dá erro. Check it out, Jimmy.

Saí­do da mente de Anonymous Anónimo, às 5:57 da tarde

 
FHF: O erro deve ter sido por não estares registado no Disqus, mas o comentário está lá, não te preocupes. Demorou foi a aparecer.
Quanto ao podcast, nós já há uns tempos que tentámos fazer em áudio, e não conseguimos voltar a coordenar a nossa agenda. Para manter a regularidade, este é o formato ideal.
O que não quer dizer que não possamos fazer experiências ocasionais com áudio ou vídeo...

Saí­do da mente de Blogger Luís F. Alves, às 6:12 da tarde

 
Luis se me disseres que as BD´s devem ser incluidas como forma de incentivar à leitura...Acho óptimo! Sim, é importante estimular as pessoas e devemos usar todos os recursos que dispomos. Mas não sei até que ponto isso melhoraria as notas. Até porque enquanto exame/avaliação, não seria muito prático.

Mas claro, mal também não fazia!

Saí­do da mente de Anonymous Anónimo, às 10:18 da tarde

 

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